sábado, 7 de abril de 2012

Sozinha.




"Deus,
Inspire meus pensamentos,
Guie meus atos e,
Apazigue meus sentimentos."

Esse sentimento não é novo e minha vontade é escrever um blog de moda e maquiagem. No entanto, não posso mais esquivar, é tão duro assumir: sou uma pessoa sozinha.
Só lembro de mim correndo atrás de amizades, correndo atrás de ser bem quista pelas amiguinhas. Nunca fui a primeira opção a ser chamada pra sair, nem a segunda.
Meu defeito é querer atenção exclusiva, sou bem melhor conversando com uma pessoa, enquanto que num grupo, no meio da galera só atuo na hora do "oi", depois visto a capa da invisibilidade e só consigo observar. Fito como aquela garota consegue ter tanta desenvoltura, como consegue prender a atenção de todos enquanto fala e como todos riem do que ela diz. E olha que ela nem é tão bonita.
Eu odeio o jeito que eu travo, o jeito que eu tento ser ouvida e não consigo, o jeito que sou preterida pelos outros. Meu jeito peculiar e odiável de achar todo mundo idiota. E eu sofro.

Não sei o porquê de tudo vir à tona agora. Se é a pressão de último ano de faculdade, se é crise, se é intolerância à mim. Eu choro trancada no quarto, sentada no sofá, na frente do computador, dentro do carro.

O que me vem à cabeça é frustração de ter sido tão quieta e imperceptível em 23 anos. Meus casos amorosos não duraram mais do que 2 semanas. Um meio amor platônico vai casar esse ano; o outro que aguardei uns 5 anos pra terminar o namoro, terminou e tá namorando de novo, com outra. Sensação de incapacidade, de ser a pior de todas. E ao mesmo tempo me sinto egoísta, tanta gente com problemas reais. Mas o nó no coração só aperta, foge de mim.

Sinto urgência em viver, em sentar na mesa daquela galera, contar casos e ser vista. Em ser desejada pelo cara que quero, postar fotos acompanhada dele no facebook, e de colocar o braço em volta dos ombros largos dele no meio da missa.

Sinto necessidade de chegar pra aquela garota pop da roda de amigos e pedir aulas, quero ser assim.